RESUMO
O presente artigo consiste em um relato de experiências de assessoria em estimulação precoce com bebês e crianças bem pequenas que apresentavam entraves no desenvolvimento. O convite da escola, direcionado à profissional da psicologia do Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) da Secretaria Municipal de Educação de Novo Hamburgo (SMED/NH), abre espaço para acolher essas demandas à luz da teoria psicanalítica. A angústia do educador se configura como uma porta de acesso para ações preventivas no âmbito escolar. As diferentes áreas do conhecimento entrelaçam seus saberes, para que os devidos encaminhamentos dos diferentes casos pudessem contemplar o desenvolvimento integral dos bebês e crianças bem pequenas. Articular a assessoria em estimulação precoce nas escolas de educação infantil, tendo como premissa o referencial teórico da psicanálise, é um potente instrumento que poderá contribuir na construção de políticas educacionais que envolvem os cuidados da primeira infância. O que decorreu dessa proposta de assessoria em educação infantil amplificou as possibilidades de práticas pedagógicas orientadas para o entrelaçamento das relações entre criança, família e escola. O convite da escola, “Vem dar uma olhadinha aqui?”, constitui-se num importante movimento no âmbito da educação que contribui de forma significativa na
detecção, intervenção e prevenção dos riscos do desenvolvimento infantil.